São Paulo, junho 2009

Barra Funda – São Paulo

Tarde de outono.
Estávamos na Rua Lavradio 403 a espera dele.
Os minutos passavam…
Nosso encontro com o Carlos Moreira foi um diálogo afetivo e espontâneo.
Nada se comentou sobre antologia de imagens, sobre a ética do ver, nem sobre as modernas sociedades inorgânicas, tão pouco sobre o homem a procura de si mesmo.
Nossa curiosidade em saber da sensação de poder resumir o mundo em imagens impressas, ficou timidamente oculta.

Havia mais interesse em saber de nós do que dizer de si.

Evoluímos.

A busca da compreensão deste Homine Urbanu que Carlos Moreira tão poeticamente nos fala através de suas imagens, aguçou nossos sentidos.
As ruas, as luzes, a vida, os seres e seus destinos , as estações de trem, tudo interessa .
Carlos tem uma definição muito própria e particular para interpretar uma cidade:
“Um quadro imaginário que se modifica na medida que eu me modifico e é com esse quadro imaginário que eu me relaciono.”

Tivemos a oportunidade de mostrar nossos trabalhos, que causaram-lhe impacto emocional e um sentimento implicitamente mágico, que ha na reconstituição da realidade de cada um.

E a cidade tornou-se especialmente linda!

Carlos Moreira nasceu em São Paulo em 1936.
 Formou-se em economia em 1964. Nesse ano começou a se dedicar integralmente ‘a fotografia; fotografa a cidade de São Paulo há mais de 40 anos.
 Professor de fotografia desde 1972, o estudo e o ensino da fotografia acabaram se tornando um prolongamento do seu trabalho pessoal, formando várias gerações de fotógrafos e professores de fotografia.
 Atualmente orienta grupo de estudos e ministra cursos de Linguagem e História da Fotografia no M2 Studio, fundado com Regina Martins em 1990.
http://www.carlosmoreira.com.br/