Tendo como ponto de partida a ideia de labirinto como metáfora para as descobertas, reviravoltas, encontros e perdas, essa sequência é uma narrativa poética sobre o relacionamento entre duas pessoas, e alguns dos movimentos relativos a momentos íntimos, amor, desentendimentos, sensualidade, e tentativas de estabelecer contato, numa tradição de registro do universo íntimo que se ramifica a partir de trabalhos como os de Larry Clark e Nan Goldin, e contemporaneamente em nomes como Susan Paulsen, Elinor Carucci e Allen Frame. As imagens foram tiradas utilizando-se câmeras 35mm e filme preto e branco granulado em grande parte das situações. A série ora apresentada é um trecho reduzido do trabalho original, que contém em torno de 24 imagens, e cujo título é “Movimentos”.

Roberto Vietri